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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Lula uma vergonha nacional


“Gigi chega para a sua esposa e diz com sua voz grave:

- Querida, vou visitar um conhecido meu, o Lula, que passou por uma cirurgia pouco tempo atrás, como você sabe.

- Está bem. Dê lembranças minhas à ele e para a Marisa.

Despediram-se e Gigi pôs-se ao encontro. O local foi o escritório do Nenel, que o aguardava naquele ambiente acarpetadamente aconchegante. A quinta-feira 26 de abril via, longe dos holofotes, a conversa entre Gigi, Lula e Nenel, sendo que este último ficou absorto nos seus quase dois metros de altura.

Conversaram sobre os times de futebol que torcem? Onde passaram o último feriadão da semana santa? Qual vinho ou cigarro que cada um aprecia? Não, não e não. O mote do diálogo entre Lula e Gigi foi um problema que fazia coçar a calvície forçada daquele por causa do tratamento radioterápico para arrefecer a força do seu câncer.

Em um determinado lance da conversa, depois de relaxarem e de falarem como estavam as esposas, os filhos e os netos, Lula chamou Gigi no cara-a-cara e disse-lhe com sua língua presa:

- Gigi, é o seguinte. A ‘gente’ sabe que você foi lá na Alemanha e se encontrou com o Demóstenes. Foi em Berlim, né? Se tu não quiser ficar ‘sujo’ e quer ver teu nome fora de envolvimento com ele e a CPI que ‘tá’ rolando aí, basta que você vá... dê um jeitinho para adiar o julgamento do mensalão. Ajuda ‘nóis’ aí Gigi, aconselhou Lula a Gigi que sentiu seu hálito.

E Gigi, de cenho expressando dúvida, membro da mais alta corte judicial no país dos diversos tipos de jeitinhos, engoliu a seco ao pedido de Lula, seu conhecido de algum tempo”.

Claro que seria desnecessário, contudo para esclarecermos ao leitor ou a leitora que pode não estar lembrando quem é quem nos diminutivos nominais, “Lula” é Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da república federativa do Brasil de 2003 a 2010; “Gigi” é o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF); e “Nenel” é Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa no segundo mandato do ex-presidente Lula (2007-2010) e no primeiro ano no da presidenta Dilma Rousseff (2011).

O tom irônico que resolvemos utilizar na conversação imaginada aqui foi justamente para levarmos ao questionamento do caro leitor ou da cara leitora a que papel baixo, desrespeitoso, aviltante e demais adjetivos negativos que se queira dar três homens públicos conseguiram chegar.

Lula, o pivô de aquela situação vexatória, para refrescar a nossa memória, além de representante maior de uma nação do porte do Brasil que é componente do BRICS, foi agraciado por várias universidades federais brasileiras com o título de doutor “honoris causa”, além do concedido pela Universidade de Coimbra, em Portugal, sabendo cada um de nós que ele não sentou em nenhuma cátedra universitária.

A “reunião” dos três lembra uma conversa corriqueira entre três compadres, desrespeitando suas posições públicas e aproveitando delas para auferirem seus interesses. Coagir uma pessoa seja ela quem for, usar do tráfico de influência e ser um corrupto ativo correspondem a crimes. No Brasil, parece que tudo isto é jogado para debaixo do tapete, onde a “casa” e a “rua” – ou o público e o privado, respectivamente – são envolvidos como uma coisa só. Ou, como diz o novo ‘slogan’ da Copa de 2014: “Juntos num só ritmo”.

Lula, uma vergonha nacional.

Texto: Jorge Amorim (amorimdoporto@hotmail.com)
Fotos: Internet
Originalmente pulicado em:  http://www.municipiosemfoco.com.br/colunas/jorge-amorim

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