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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Pimenta no Salão: Afródromo é necessário ou é segregação?


  • Joá Souza | Agência A TARDE
    Desfile de apresentação do Afródromo teve 10 mil integrantes de blocos afro e 450 percussionistas
No Carnaval deste ano, no circuito Osmar (Campo Grande), o desfile do Cortejo Afródromo serviu de abre-alas e apresentação do projeto que prevê a criação de um quarto circuito na folia de Salvador, localizado no bairro do Comércio. O circuito Afródromo, que deve começar a partir de 2014, seria uma espécie de passarela para os blocos afro da capital.


Os que defendem o projeto idealizado pela Liga dos Blocos Afro (Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Carlinhos Brown, Cortejo Afro, Timbalada, Muzenza e Malê Debalê), acreditam que o espaço possibilitará que essas entidades mostrem toda a beleza do seu trabalho, desfilando em melhores horários e em um espaço com infra-estrutura para os foliões e com mais possibilidade de cobertura da mídia. O argumento é que atualmente, os desfiles dos blocos afro não tem tanta visibilidade porque essas entidades sempre desfilam no final da fila e só entram na programação dos circuitos existentes, de madrugada.

Por outro lado, quem condena a criação do Afródromo, acusa a iniciativa de ser segregacionista e de tentar promover uma espécie de "apartheid" no Carnaval de Salvador, retirando os blocos afro, e portanto, os símbolos da negritude, dos atuais circuitos. Há ainda quem defenda que, mais do que um quarto circuito, a folia baiano precisaria rever a programação e a estrutura dos desfiles atuais, acabando com os "privilégios" concedidos aos blocos de trio e ao público dos camarotes, em detrimento do folião pipoca e das agremiações menores.

O que você acha da criação do circuito Afródromo? Vote em nossa enquete e participe dessa discussão.

*Pimenta no Salão é um espaço para discussão sobre assuntos polêmicos

Texto original e na íntegra acesse: http://atarde.uol.com.br/materias/1484760

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