A
Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial foram responsáveis pela
destruição de diversos monumentos, e lugares, que faziam parte da história de
determinados países. Por meio de afirmações desse tipo, é possível verificar
que, desde o século passado, as sociedades e governos passaram a ter uma
preocupação maior com o patrimônio que conceitualmente tratamos como um
conjunto de bens de uma determinada localidade.
Dentro deste contexto surge com o passar dos anos uma grande preocupação por parte dos diversos segmentos da sociedade (Instituições Públicas, Privadas e Terceiro Setor) com o patrimônio natural de certos locais, por perceber que grandes partes destes bens estão se perdendo com a força do capitalismo, o crescimento desenfreado das Cidades, a falta de conscientização das populações, e, sobretudo pela exploração sem limites de empresas, e indivíduos.
Com
o passar dos anos, esta preocupação passou a ganhar força na Europa, porque
geógrafos, ecologistas e biólogos perceberam que monumentos arquitetônicos
milenares e áreas naturais estavam ameaçados de deterioração pela quantidade de
pessoas que visitavam seu interior.
Com
isso, criou-se um interesse maior em preservar para saber interpretar o
patrimônio das localidades seja ele cultural ou natural, garantindo, assim, sua
manutenção e continuidade por diversas gerações, a fim de que estes sejam
considerados bens patrimoniais de uma nação.
O
ecoturismo, portanto, surge no cenário trazendo a grande preocupação ambiental
de interpretar e conhecer para puder perpetuar o patrimônio natural. Este
segmento do turismo utiliza-se dos patrimônios naturais das comunidades
receptoras para a prática de lazer e entretenimento.
Uma
definição mais ampla do termo ecoturismo é apresentada pela EMBRATUR,
caracterizando-o como: "segmento de atividade turística que utiliza, de
forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e
busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do
ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas”.Uma atividade que
compreende de forma sustentável a utilização do patrimônio natural”
Nos
últimos anos, o ecoturismo vem crescendo no mundo por fatores diversos. Um
deles corresponde à divulgação dos patrimônios naturais, através da internet.
Locais que não eram divulgados ou inacessíveis passaram a ter promoções a
partir desta nova ferramenta do marketing turístico. Outro fator que aumenta às
visitações e o conhecimento as áreas naturais, é a popularização do turismo nos
últimos anos, trazida pelo poder de consumo das novas classes sociais, e,
sobretudo pela modernização nos transportes e meios de comunicação. A OMT
(Organização Mundial do Turismo) reforça esta informação, afirmando que: (OMT)
estima que 10% dos turistas em todo o mundo tenham como demanda o turismo
ecológico, o faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimado em
US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca de US$ 70 milhões”.
O
ecoturismo, no entanto possui características mais especificas do que as que
estão relacionadas aos demais segmentos da atividade turística. Ele basicamente
é vivenciado por pequenos grupos, interessados na temática, turistas que
possuem interesse e informações relevantes sobre a área a ser explorada. Outro
fator pertinente é que o Ecoturismo minimiza os impactos ambientais, aumenta a
sensibilidade de moradores e visitantes que apoiam-se na Educação Patrimonial,
para conservar estes espaços. Além disso, ele contribui diretamente para a conscientização
e preservação dos espaços a serem visitados, tendo em vista que os órgãos
responsáveis pelo turismo começam a se interessar nestas localidades, por
perceberem que nela, existe uma possibilidade de geração de renda, emprego, e
desenvolvimento social, permitido com os impactos positivos do turismo nestas
localidades.
No
Brasil, um exemplo claro destes roteiros, são a Ilha de Fernando de Noronha,
Abrolhos, Pirenopólis, Chapada Diamantina, Bonito e outras localidades
propícias para a prática deste segmento, que permite inclusive a prática de
outros segmentos dentro da atividade turística. Sendo assim, podemos citar: O
turismo ecológico, de aventuras, rural, ambiental, agroecológico, náutico
dentre outros tantos que em larga escala fortalecem e complementam as
atividades do Ecoturismo.
* Texto:
Ana Carla Nunes ( Turismológa / Historiadora / Especialista em Educação e
Cultura)
Revisão: Rafaela Guimarães.
Revisão: Rafaela Guimarães.
Fotos: Imagens da Internet.
Referências
BARRETTO,
Margarita. Turismo e legado cultural. Campinas: Papirus, 2000. 95.p
PELLEGRINI
FILHO, Américo. Ecologia, Cultura e Turismo. 2ed.. Campinas: Papirus, 2000.
RODRIGUES,
Adyr B. Turismo e espaço rumo a um conhecimento transdiciplinar, São Paulo:
Hucitec 1997. Apostila
Silva,
Elsa Peralta da, Patrimônio e Identidade. Os desafios do turismo cultural,
ICSP. UNIVERSIDADE DE LISBOA, 2005.
SILVA,
Fernando Fernandes da, O Patrimônio Cultural da Humanidade como tema de Direito
Internacional Público. São Paulo: Edusp, 2003. Apostila.
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